sexta-feira, 16 de junho de 2017

Bandera de Los Assustados Unidos

Pois é... Porto Rico quer agora entrar como Estado da União Alfandegária, apesar da desvantagem de ainda arcar com a Lei de Jones. A nova bandeira que eu sugiro é essa...


Afinal, o Texas entrou devendo até as calças para se transformar no Loan Star State, e acabou se enquadrando feito florzinha em ramalhete quadrado.  Alaska e Havaí perderam essa chance pelo fato de o oceano Pacífico estar impensavelmente "outside the box". A minha solução ainda comportaria a adesão de Cuba se a ditadura comunista reconhecer que os EUA atuais já internalizaram quase a totalidade do totalitarismo recomendado pelo manifesto comunista de 1848 e pleitear pela adesão. No caso seriam duas estrelinhas juntas ali no Caribe.

Eu defendo a independência, como la própria Isla pediu em 1931 quando os gringos proibicionistas tiveram o desplante de querer que prendessem contrabandistas de rum! Enquanto Puerto Rico não cultivar um partido Libertário, seria apenas um fardo para a União (e vice-versa). Acredite se quiser mas os bobos preferiram Marco Rubio--martinete místico e proibicionista--como candidato. Pode uma coisa dessas? Aquele tamborete e alguns senadores ilhéus--metidos a Ceausescu--queriam proibir o aborto! Esse golpe, afinal já mais do que conhecido no Brasil, daria motivo para procurar a defesa dos direitos individuais da pessoa humana. No Canadá, nos EUA, ou Barbados.

Veja nesse trecho do meu livro Proibicionismo e a Crise de 1929 como era nos bons tempos, quando o meu povo borincua ainda tinha cojones:

Parte 4
Capítulo 133

Uísque artesanal e suco de uva

(...)
Na Capital da nação, o diretor da proibição Amos Woodcock se distanciou das batidas de Kansas City, negando estar planejando a repressão nacional de sucos de frutas.[1]  O deputado federal James Igoe, de Illinois, nesse dia liderou uma revolta parlamentar contra a lei seca.  Ele fez questão de que o Supremo Tribunal apoiasse uma sentença do juiz federal William Clark de Nova York, anulando a 18ª Emenda.  Ali estava um teste para verificar a validez da previsão de H.L. Mencken – que tal coragem seria recompensada por aclamação – e a previsão de Alexander Hamilton de que o poder judiciário mitigaria a severidade das leis opressivas, limitando-lhes a aplicação.  Enquanto isso o deputado Fiorello LaGuardia de Nova York assegurou à câmara que sem a lei seca as pessoas voltariam a ter empregos e acabaria a assistência social a título de subsídios agrícolas.  O senador estadual Walter A. Huebsch, de Illinois, advertiu os executivos que seus negócios estariam seguros conquanto que o governo estivesse de pé.  A vontade popular, disse ele, favorecia a revogação, e os governos que desafiam a vontade popular são inevitavelmente derrubados à força.  Urgiu que o governo se restringisse à manutenção da paz e defesa da propriedade.[2] 

            Esse parecia ser o sentimento em Porto Rico, onde o supremo tribunal determinou em 19 de dezembro que o “Povo de Porto Rico” não iria mais julgar as causas proibicionistas do governo americano.  Na verdade, o povo de Porto Rico jamais padecera do fanatismo proibicionista, e não queria rixa com os destiladores ou contrabandistas.  Os fazendeiros ilhéus andavam ansiosos por causa dos lucros perdidos e queriam voltar aos bons e velhos tempos quando o rum fluía dos engenhos de fogo vivo.[3] 

            O estado de Kentucky ecoou esse sentimento. Voluntários da Cruz Vermelha lá descreviam a situação como “pior do que seca, fome”.  Um voluntário disse que depois que a seca matou a criação de milho e secou os córregos, a destilação artesanal em Kentucky faliu feio.  As restrições federais sobre as atividades produtivas da Kentucky Alcohol em Louisville não ajudaram.[4]  As famílias cujo ganha-pão fora internado na prisão antes da seca passavam por situação precária, redobrando o desespero desse povo montês.[5]
 ***


Precisando de traduções juramentadas ou intérprete federal para livrar a cara de encrencas com a alfândega ou guarda costeira americana, pense n'eu, www.tradutoramericano.com

** CT no rodapé é o Chicago Tribune online, que registra os assassinatos por "dry killers" e corrupção provocados pela lei seca americana nas décadas de 1930 e 1930.


[1]  (CT 1/17/31  2)
[2]  (CT 1/18/31  9)
[3]  (CT 1/19/31  26)
[4] (CT 1/20/31  3) 
[5]  (WSJ 6/22/29  13)




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