quarta-feira, 7 de junho de 2017

Paris apaixonado acaba chorando

É impressionante como a corrente coletivista mundial ajuda a nata da covardia americana a se esconder no avental do eleito. A julgar pela choradeira dos chargistas saqueadores, o partido republicano americano estava prestes a se atirar corpo e alma nos braços eretos do econazismo-melancia quando de repente um plutocrata acabou com a festa, dispersando os rivais como baratas quando a luz acende. Mas, foi mesmo assim?



O partido republicano publicou um programa político "não autorizado por nenhum candidato". Ali colocaram:


Somos contra todo e qualquer imposto do carbono.

Tem gente que não achou isso nem um pouco difícil de entender. Mas para afastar acusações de falta de clareza, juntaram nas suas 35.700 palavras outro declarativo igualmente singelo:


Da mesma forma iremos proibir a EPA (burocracia de execução ambiental) de regulamentar o gás carbônico, hipótese jamais cogitada quando o Congresso aprovou a Lei do ar limpo.

Com essa já daria pra cair a ficha, não? Não. Para os devotos e adeptos do nacionalsocialismo ecológico, essas frases nem registram. A ideia fixa de que tudo ia bem com o mundo e com todos os candidatos republicanos MENOS UM, nem sobrançelha levanta. 

Os republicanos publicaram outra canetada, no intuito de "clarear" o programa muuuito antes da eleição: 



Defendemos processos agilizados para a definição de linhas de transmissão elétrica, e a expansão consciente da malha para que consumidores e empresas possam continuar a ter acesso a energia em conta e confiável. 

Com isso já daria para perceber que os adeptos desse partido acham que a energia elétrica é coisa valiosa, que reduz risco e pobreza de uma só tacada. Só faltava agora transmitir a ideia de que interferir com a expansão da malha elétrica seria um atentado contra a ordem econômica e a saúde pública. Essa lacuna também foi preenchida, ainda com título de realce no parágrafo:  


Proteção contra pulso eletromagnético
Bastaria uma única arma nuclear detonada a altitude elevada sobre o país para derrubar a nossa malha elétrica, juntamente com outra infraestrutura crucial, colocando em risco milhões de vidas.


Salta aos olhos que para esse partido, se a França e o resto da Europa optaram por se entregar de novo 
ao nacionalsocialismo alemão, isso é problema deles. O Pierrô apaixonado pelo dinheiro alheio pode chorar até ficar roxo, mas a Colombina perdeu, o namoro acabou--e a mamata também. 

Os eleitores americanos optaram pela legalização da energia elétrica. Essa é a única verdadeira diferença entre os programas da cleptocracia republicana e democrata. (Este servo que vos fala apoia com doações e votos o Partido Libertário, nunca a cleptocracia. Meu partido--que também rejeita o econazismo--ganhou 4 milhões de votos e alterou resultados em 13 estados)

O brasileiro educado que assiste a mídia golpista e toma sorvete de lágrimas com o Arlequim nunca ouviu falar dessas quatro declarações do partido que contratou o Trump pra empurrar seu programa. Por que será? 


Noel Rosa explica: 
Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o Pierrô aconteceu assim
Levando esse grande chute
Foi tomar vermute com amendoim


Resultados por comarca pela legalização da energia

O partido republicano eleito pelo processo constitucional americano NÃO ganhou no voto popular por que o Partido Libertário tirou 3,28% do total dos votos. A mídia golpista e saqueadora tampouco fala nisso--da mesma forma que não se fala no programa que os eleitores preferiram. A energia foi a única diferença entre os partidos entrincheirados. Vendo essa diferença os cidadãos votaram por ter mais energia elétrica e pagar menos impostos (duas coisas que o Partido Libertário também favorece).  

Qual o brasileiro que votaria a favor de menos energia elétrica e mais impostos? 

Se esta explicação ficou clara e nítida, imagine que outros fatos poderiam ser traduzidos com igual clareza pelo mesmo tradutor e intérprete

Nenhum comentário:

Postar um comentário