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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Lysander Spooner, fascículo 8

Votação após a Guerra da Secessão (link)

 Continua o argumento de Lysander Spooner, muito decepcionado com o proceder do governo da União que ocupava à época os estados que reverteram para a antiga confederação que vigorava antes de aprovada a nova Constituição.

2. Existe outro motivo pelo qual o pagamento dos impostos não implica em consentimento ou compromisso de apoiar a Constituição. É que o contribuinte não sabe, e tampouco tem como conhecer, quais são os indivíduos que compõem “o governo”. Para ele, “o governo” é um mito, uma abstração, uma incorporealidade com a qual não há como entrar em contrato e à qual não há como dar consentimento ou jurar compromisso. Conhece-o apenas por intermédio de seus presuntivos agentes. “O governo” em si ele nunca divisa. É verdade que sabe, por ser noticiado, que a determinadas pessoas de certa idade, é permitida a votação; podendo estas então tornar-se integrantes, ou (por opção) adversárias, por enquanto, do governo. Mas quem dentre elas exerce, destarte, o voto, e sobretudo como vota cada uma (se é em apoio ou em oposição ao governo), ele nunca sabe, uma vez que a votação é feita em segredo (por voto secreto). Quem, portanto, compõe na prática “o governo”, não há, por enquanto, como saber. Daí, é claro, não pode o contribuinte lavrar contrato com eles, dar-lhes consentimento ou comprometer-se a apoiá-los — isto é –, a apoiar “o governo” ou a Constituição.

3. Sem saber quais são os indivíduos específicos que se denominam “o governo”, o contribuinte não sabe a quem paga os impostos. Tudo o que sabe é que lhe chega um homem que se representa como sendo agente “do governo” — ou seja, o agente de um bando secreto de assaltantes e assassinos, que se arrogam o título de “o governo” e que resolveram matar todos que se recusarem a pagar-lhes o dinheiro que cobram. Para salvar a vida, entrega seu dinheiro a este agente. Mas como este agente não revela ao contribuinte as identidades dos seus principais, este, depois de abrir mão do dinheiro, não fica mais inteirado sobre quem constitui “o governo” — ou seja, quais os assaltantes –, do que estivera antes. Dizer, portanto, que ao passar o seu dinheiro para o agente destes, celebrou livremente um contrato com eles, que se compromete a obedecê-los, a apoiá-los, a entregar a eles qualquer dinheiro que possam vir a lhe cobrar no futuro, não passa de ridículo.

4. Todo o chamado poder político se sustenta nesta questão de dinheiro. Qualquer corja de salafrários, endinheirados o tanto, pode se estabelecer como “governo”; pois com dinheiro, pode contratar soldados, e com soldados extorquir mais dinheiro — bem como compelir que se obedeça. É assim no governo como dizia César que era na guerra, que o dinheiro e a soldadesca se apoiavam um ao outro; que com dinheiro contratava-se soldados e com soldados extorquia-se dinheiro. E negada a sua autoridade, o primeiro uso que fazem do dinheiro é contratar mais soldados para matar ou subjugar aos que lhe recusarem mais dinheiro.

***

Em todo o discurso do Spooner o que não aparece é nenhuma realidade externa. Em 1868 havia governos e até algumas constituições pelo mundo afora. Todos eles, a julgar pelo movimento de migrantes, eram bem piores do que aquele que limitava os poderes do Estado mercantilista americano. O eleitor agora escolhia entre partido que--dos dentes pra fora--queria tratar os ex-escravos como cidadãos, e partido contrário a isso. As terceiras alternativas partidárias sumiram. Assassinos do ku-klux klã matavam cobradores de impostos, explodia violência de coletivismo racial em Tennessee e até o presidente Andrew Johnson vinha sendo impeachado. 

Cuba travava uma guerra civil que levaria uma década para fracassar. O shogunato do Japão vinha sendo derrubado com mais rapidez. Explodiam batalhas na Abissínia e no Uruguai e a França declarou guerra em rixa com a Alemanha enquanto a rebelião Nian na China resistia, apedrejando ingleses. A guerra do Paraguai continuava, e o General Sherman, cujo arrasamento de tudo atravessando a Georgia derrotara de vez os confederados, agora travava guerra genocida contra a confederação anarquista da Comancheria, que se estendia do norte do México até Canadá, passando pelo que seriam dez estados da União após a hecatombe.(link) Os comanches--único exemplo anarquista a durar dois séculos--não resistiram o mercantilismo mecanizado.

Repare que as mazelas apontadas pelo Spooner existiam no planeta inteiro, sendo muito piores em todos os demais territórios. O primeiro vestígio da ideologia libertária, as obras de Bastiat, completavam 28 anos e se afogavam na expansão do comunismo, que fazia 10 anos--isso 75 anos após o jacobinismo das guilhotinas francesas. 

(Continuação no Fascículo 9 onde ele volta a essa questão do dinheiro)

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sábado, 9 de janeiro de 2021

Lysander Spooner, fascículo 5

Inconstitucionalissimamente coercitivo

 Conclusão do argumento de Spooner que a votação nos EUA (ainda voluntária, só que com voto cada vez mais secreto após a Guerra da Secessão) nada prova sobre a aceitação da constituição pelo eleitor. A 14ª Emenda já era familiar mas a 15ª – garantindo o voto, inclusive aos ex-escravos – ainda era novidade. Segue o 1º parágrafo da 14ª, a segunda das três Emendas da era da Reconstrução: 

  1. Todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas a sua jurisdição, são cidadãs dos Estados Unidos e do Estado onde tiver residência. Nenhum Estado poderá fazer ou executar leis restringindo os privilégios ou as imunidades dos cidadãos dos Estados Unidos; nem poderá privar qualquer pessoa de sua vida, liberdade, ou bens sem processo legal, ou negar a qualquer pessoa sob sua jurisdição a igual proteção das leis. (…)

–Voltando ao Spooner, advogado antiescravagista, conclusão da Parte II, votação.

Pelo leque de motivos aqui exposto, a votação não oferece evidência jurídica alguma sobre quais os indivíduos (existindo algum), que apoiam livremente a Constituição. A votação portanto não apresenta evidência legal de que haja quem a apoie voluntariamente.

No que diz respeito à votação, a Constituição, na perspectiva jurídica, não conta com o apoio de ninguém.

A bem da verdade, não há a mínima probabilidade de que exista, em todo o país, um único partidário legítimo da Constituição. Vale dizer, não há a mínima probabilidade de que exista um ser humano no país que entende o que realmente representa essa Constituição e que a apoie com sinceridade pelo que realmente é.

Os ostensivos partidários da Constituição, como os supostos partidários da maioria dos governos, se decompõem em três categorias, viz.: 1. Tratantes, classe numerosa e ativa essa, que percebe no governo instrumento para seu próprio enaltecimento ou para se enriquecer. 2. Otários – grande categoria, sem dúvida – cada um desses, por ser permitido uma voz em milhões na decisão sobre o que pode fazer com sua própria pessoa e propriedade, e por ser permitido a mesma voz no assalto, apresamento e assassinato de outras pessoas que estas têm em assaltar, escravizar e prendê-lo, é parvo o suficiente para imaginar que seja “um homem livre”, “soberano” nos direitos; que seja este um “país livre”; um “governo dos direitos iguais”, “o melhor governo que existe” e outros disparates. 3. Uma classe dos que têm alguma apreciação das maldades dos governos, porém não sabem como se ver livre, ou optam por não sacrificar seus interesses particulares de modo a se dar, de maneira engajada e séria, ao trabalho de fazer as mudanças.

(Fim da parte II, continua na Parte III)

Obs: Essa 14ª Emenda é a que protege as moças contra a coação ou escravização no sentido de forçá-las a obrar em parto indesejado. O Congresso se valeu do truque de empacotar dois itens diversos como fez ao lavrar a 1ª Emenda. Lá embaixo na 14ª, lavrada para cobrar a ferro e fogo do inimigo derrotado na Guerra contra as Sobretaxas Protecionistas, aparece: 

4. A validade da dívida pública dos Estados Unidos, autorizada pela lei, incluindo as dívidas contraídas para o pagamento de pensões e de recompensas por serviços prestados na repressão de insurreição ou rebelião, não pode ser questionada. 

Quem matou ou serviu de espião para ajudar na cobrança de sobretaxas alfandegárias protecionistas, será recompensado do erário, e ai de quem tentar resistir. A primeira parte defende os direitos da classe de indivíduos nascidos (ou em solo ou de mãe americana) e de estrangeiros naturalizados, e a segunda assegura a arrecadação de mais impostos para custear a guerra travada justamente para impedir a fuga das colônias latifundiárias de economia escravagista. Quem tentar tirar essa emenda terá que vencer a oposição de hoste contrária interessada. Quem quer tirar a 1ª Emenda da Carta de Direitos para impôr censura terá que vencer a oposição dos que querem poder abolir/preservar determinada religião. Esses Catch-22 resultam da embalagem. 

Spooner nunca compara a Constituição americana a nenhuma outra, o que na vida real é a alternativa relevante a se considerar. De todas que conheço, essa dos EUA é a mais curta e simples. Compare para ver...

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Lysander Spooner, fascículo 4

Veja as aventuras do Spooner nas tiras da revista Reason (link)

 O fato de se exercer o voto, muitos afirmam, é prova da aceitação dos impostos e imposições afins.  Spooner questionou essa presunção. (Continuação…)

Portanto a votação do indivíduo sob o regime da Constituição dos Estados Unidos não se deve tomar por evidência de que este já aceitou a Constituição por livre vontade, mesmo que provisoriamente. E consequentemente não dispomos de prova alguma de que grande fatia dos atuais eleitores dos Estados Unidos realmente aceitam, por arbítrio, a Constituição mesmo que provisoriamente. E nem haveremos de ter a tal prova até que todo homem esteja em plena liberdade para consentir ou não sem expor a si e a sua propriedade a injúria ou importunação.

Posto que não há como obtermos conhecimento jurídico de quem opta por votar e quem o faz por imposição, não há como obtermos conhecimento jurídico a respeito de pessoa alguma, de que teria votado por livre e espontânea vontade; ou, consequentemente, tampouco que, pelo voto, deu consentimento a ou se comprometeu a apoiar o governo. Na forma da lei, portanto, o ato de votar é totalmente deficiente na questão de comprometer pessoa alguma a prestar apoio ao governo. Não prova de jeito nenhum que o governo tenha alicerce no apoio de quem quer que seja. Com base nos princípios gerais do direito e da razão, não se pode afirmar que existam partidários voluntários do governo, a não ser que se possa demonstrar com clareza exatamente quais os que o apoiam por livre e espontânea vontade.

  1. Uma vez que a tributação é lançada compulsoriamente sobre todos, quer votem, quer não, grande proporção dos que votam decerto o fazem para impedir que seu dinheiro seja utilizado para prejudicá-los; pois, se absteriam alegremente da votação se assim pudessem se ver livres apenas da tributação, sem falar em se livrarem de todas as demais usurpações e tiranias do governo. Tomar a propriedade do indivíduo sem o seu consentimento, para depois presumir seu consentimento ‑‑por ter ele esperneado, mediante a votação, para impedir que seus bens fossem utilizados de forma lesiva aos seus interesses‑‑, é uma prova muito deficiente de consentimento em apoiar a Constituição. Na verdade não constitui prova alguma. E já que não temos conhecimento jurídico quanto às identidades das pessoas, se é que existem algumas, dispostas a serem taxadas pelo sufrágio, não temos como descobrir que este ou aquele indivíduo consente em ser cobrado por causa do sufrágio; ou, por conseguinte, que consente em apoiar a Constituição.
  2. Em quase todas as eleições, lançam-se votos para vários candidatos ao mesmo posto. Aos que votaram pelos candidatos que perderam não se pode atribuir que votaram pela Constituição. Seria mais válido supor que votassem, não para apoiar a Constituição, mas exatamente para se opor à tirania que esperam que o candidato vencedor há de praticar sobre eles sob a bandeira da mesma, podendo-se supor, com muita razão, terem eles votado contra a própria Constituição. Esta suposição seria a mais razoável justamente porque a tal votação é a única via que lhes é permitida para manifestar sua oposição à Constituição.
  3. São dados muitos votos a candidatos que não têm perspectiva alguma de se saírem bem. Dos que lançam esses votos, é válido supor que votaram conforme fizeram não em apoio, mas sim para obstruir a execução da Constituição; e portanto, contra a mesma.
  4. Posto que todos os votos são dados em segredo, (por voto secreto), não há como descobrir, apenas pelos votos, quem vota a favor e quem vota contra a Constituição. A votação, portanto, não proporciona evidência jurídica alguma de que essa ou aquela pessoa apoie à Constituição. E quando não pode existir evidência jurídica alguma de que determinado indivíduo apoia a Constituição, não se pode dizer, na forma da lei, que há quem a apoie. É evidentemente impossível que se tenha prova legal das intenções de grande número de homens enquanto não há prova legítima das intenções de nenhuma pessoa específica dentre eles.
  5. Inexistindo prova legítima das intenções com as quais a pessoa vota, resta-nos apenas fazer suposições a respeito. Como conjetura, seria provável que grande proporção dos que votam a faz pelo seguinte princípio, viz., que se, pelo voto, pudessem eles colher em suas mãos (ou nas de seus amigos) as rédeas do poder, e utilizá-lo contra os seus adversários, ficariam então dispostos a apoiar a Constituição; mas se coubesse aos seus adversários deter o poder e utilizá-lo contra eles, então não teriam disposição alguma a apoiar a Constituição.

Resumindo, o apoio voluntário dos indivíduos à Constituição sem dúvida depende, na maioria dos casos, na questão de poderem eles, através da Constituição, se tornarem feitores ou virarem escravos.

Consentimento tão contingente assim seria, no direito e na razão, consentimento nenhum.

  1. Uma vez que cada um que, pelo voto, apoia a Constituição (existindo algum) o faz em segredo (pelo voto secreto) e de maneira a se esquivar de toda responsabilidade pelos atos praticados por seus agentes ou representantes, não se pode dizer, no direito ou na razão que há pessoa sequer que apoie a Constituição ao votar. De ninguém se pode dizer, com juízo ou de forma legal, que consente ou presta apoio à Constituição, a menos que o faça abertamente, de forma a se responsabilizar pessoalmente pelas ações de seus agentes, desde que estes, ao agirem, respeitem os limites do poder que por aquele é-lhes atribuído.
  2. Uma vez que toda a votação é secreta (pelo voto secreto), é lógico que todo governo secreto não passa de um bando secreto de assaltantes, tiranos e assassinos, cujo intento é de roubar, escravizar e, conforme necessário para seus fins, assassinar o resto do povo. O simples fato da existência de tal bando não conduz de forma alguma à conclusão de que “o povo dos Estados Unidos,” ou qualquer um dentre eles, apoie a Constituição por vontade própria.
    (continua…)­⁦     
        

domingo, 8 de dezembro de 2019

O muro da Fronteira


A revista libertária Reason não cansa de publicar artigos dizendo que existem maneiras de galgar o muro da fronteira. Esses escritores também sabem que qualquer pedra ou martelo quebra vidro, mas nem por isso estacionam o carro com a porta aberta pra facilitar.  

No número atual postaram uma tripa de tuítes sobre furar o muro. (link)

Mas afinal, cadê muro da fronteira canadense? Canadá é estado laico apesar da enorme população católica. O fanático supersticioso que tenta encostar a mão em médico ou moça grávida vai preso no mesmo instante. A cerveja é forte, folha de planta é liberada e o povo é educado e dá valor à liberdade. 

Mas já tiveram maus momentos. Antes mesmo de o Nixon se aliar com a ala KKK do partido democrata nos EUA, médicos eram presos e moças aterrorizadas no Canadá. Só que depois de o partido Libertário americano conseguir que a sua pauta fosse adotada pelo Supremo, derrubando as leis evangélicas do coletivismo racial, no Canadá foram um passo além. Revogaram toda e qualquer lei que presume interferir com o controle da natalidade. Formou-se um partido libertário canadense para garantir a permanência dessas reformas. Na Irlanda, onde existe partido libertário, a emenda xiíta pela qual a própria Constituição do país fora transformada em instrumento para infernizar a vida das mulheres finalmente foi revogada 35 anos depois. 

Era naquela idade das trevas éramos nós, americanos, que atravessávamos a fronteira canadense em busca de guarida e proteção contra o escravagismo militarista e a superstição armada travestida de ciência. Hoje entendemos que o apelo à coação--sempre a preferida dos soi disant cristãos e comunistas, republicanos e democratas, esquerda e direita--destrói a economia e traz a brutalidade da ditadura. Eu só voto no partido libertário.

No dia em que cada um dos países da América Latina tiver partido libertário--mesmo cercado por dezenas de partidos comuno-fascistas--esse muro irá pro ferro velho. Por que? Pelo mesmo motivo que não está sendo instalado neste momento no lado canadense. As pessoas pensantes acostumam com a liberdade econômica e os direitos individuais.


Basta ter partido libertário e votar nele. A própria ganância traiçoeira dos políticos apadrinhados pela cleptocracia garantem que para salvar algumas vantagens eles queimarão as leis mais nocivas como ocorre hoje nos EUA, Canadá e Irlanda. 

Descubra como o Partido Liberal dos EUA, formado em 1930, formulou a base programática que os democratas adotaram para reformar a Constituição, derrubar a Lei Seca e expulsar os republicanos do poder 



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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Aprenda Inglês Político

Baixe o mp3 original para melhorar o seu inglês político

Scott Adams é o cartunista vegetariano que--por ser ultraliberal e apoiador dos direitos individuais das mulheres--é odiado pelos fascistas. Pelo fato de ele não amar os impostos, não odiar a geração e transmissão da energia elétrica, e não odiar  o presidente que gosta do libertarismo, ele é odiado pelos comunistas.  Mas o Dilbert que ele desenha tem enorme audiência. O cartunista é um sucesso internacional. Ele agora tem novo hobby detectando mentiras políticas. 

Esse cartunista fez previsões sobre quem ganharia a eleição. Todos os operadores de enquetes, artistas de cinema, políticos apocalípticos, oradores socialistas--até os bicheiros e bookmakers--apostaram dinheiro que ele estava errado. De repente o Trump derrotou o partido que odeia a energia elétrica e tudo mudou de aspecto. 

Scott Adams estudou hipnotismo em San Francisco e começou a explicar como as técnicas do hipnotismo são utilizadas para persuadir, induzir, convencer as multidões. A reação foi intensa e ele achou tão divertido questionar o circo da linha reta--a que procura colocar você entre o Hitler e Stalin em questões econômicas e científicas--que começou um blog ou podcast falado e interativo no Periscope


As previsões modeladas sempre apresentam erros enormes. 
Aí está a apresentação de um economista formado e hipnotista amador--que exerce a profissão de chargista--quanto à credibilidade do aquecimento global. A mídia saqueadora e golpista, que mostra tele-catch, se recusa a confrontar em debate aberto os cientistas que vendem versus desprezam as teorias apocalípticas do aquecimento global. Adams quer ver um debate, e ofereceu sua casa para a filmagem de tal debate entre os pró e contra as teorias apocalíptica e descrente dos efeitos do CO2 sobre a temperatura. Vale a pena assistir, mesmo sem legendas.

Eu lecionava inglês antes da invenção do Walkman. Agora temos tocadores de mp3 e acesso a livros falados e podcasts. Só não fala sem sotaque quem não quer. 

Precisando de traduções de regulamentos ecológicos ou impostos de carbono, ou interpretação jurídica sobre esses temas, entre em contato.
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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Imigrar? Nem casando!


Em 13 de maio de 1931 o presidente Quaker, Herbert Hoover, despachou a Ordem Presidencial 5621 de 13 de maio proibindo as mulheres estrangeiras de se naturalizarem com cidadania americana mesmo se casadas com cidadãos americanos

Duvida? Eis o trecho relevante da Ordem Presidencial conforme aparece no volume de Ordens Presidenciais e Papeis daquele presidente. 



6. Que a seção 1994 dos Estatutos Revistos, cujo teor segue: 
"Toda mulher que é hoje casada ou poderá futuramente se casar com um cidadão dos Estados Unidos, podendo ela mesma ser legalmente naturalizada, será considerada cidadã". 

e a seção 4 da Lei de Expatriação de 2 de março de 1907 (32 Stat. 1229), que reza: 
"Que toda mulher estrangeira que adquire a cidadania americana mediante casamento com um americano será tida como detentora da mesma após a dissolução dos laços conjugais se continuar a residir nos Estados Unidos, a menos que a renuncie formalmente perante tribunal dotado da competência  para naturalizar estrangeiros, ou se ela residir no estrangeiro ela poderá reter a sua cidadania desde que se registre como tal perante cônsul dos Estados Unidos durante um ano após o término da referida situação conjugal".
ficam revogadas. Tal revogação não extinguirá a cidadania previamente adquirida ou retida nos termos desta ou daquela das referidas seções, tampouco restabelecerá a cidadania perdida nos termos desta. (...)

Naquela data a lei seca e o fanatismo no sentido de proibir as folhas de plantas já derrubaram a economia inteira. Confiscos proibicionistas nos bancos pelo fisco e pela repressão provocaram saques e fechamentos de contas de depósito. A resultante contração provocou a famosa crise de liquidez de 1929 e subsequentes pânicos bancários e falências de empresas. Com o aumento do desemprego a emigração reverteu o sentido da imigração anterior. Houve uma diáspora para fora dos EUA, graças ao experimento de interferir no comércio do país e nos direitos individuais impulsionado pelas superstições medievais.

É claro que essa alteração na lei é de 1931, e as coisas mudaram desde então. Mas com a revanche do fanatismo proibicionista e anti-estrangeiro no poder, graças em parte às tentativas supersticiosas de interferir na geração de energia elétrica por parte do partido Democrata, a única coisa que impede a volta a esse regime antiliberal é o crescente número de contribuições e votos dados aos candidatos do Partido Libertário. Defendemos os direitos individuais--inclusive da mulher que engravidou--e trabalhamos para abolir os confiscos e assegurar a geração da energia elétrica. 


Crescente fatia de votos do Partido Libertário desde seus 28 anos de idade

Nós influenciamos 90 dos votos eleitorais da eleição de 2016--um terço do votos eleitorais que separam os partidos entrincheirados dos cargos remunerados (cargos que nós nem queremos). Os partidos saqueadores podem fingir, mas não ignorar o único partido em fase de crescimento. Ambos os partidos entrincheirados são obrigados pelos nossos votos a mudar as leis. O partido saqueador mais apegado às leis anti-libertárias perde cargos, pois a nossa sangria de votos pró-liberdade agora vale mais do que os seus eleitores pró-violência. 



A mesma coisa ocorria, no sentido contrário, entre 1848 e 1972. Naquela época, todos os partidos novos eram altruístas, divididos entre comunistas láicos e nazifascistas cristãos. A tendência era no sentido do totalitarismo pois todos achavam que o altruísmo seria boa coisa. A União Socialista Soviética, a Alemanha Nacionalsocialista, Pol Pot na Cambója e até o Templo Popular na Guiana desmentiram esse mito até para os americanos mais otários. Para quem quer emigrar para os EUA, seu melhor investimento é convencer os brasileiros portadores de green card a fazer uma pequena doação para o Libertarian Party nacional ou da sua comarca de residência.

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domingo, 22 de abril de 2018

Tiradentes, aluno de Adam Smith

Adam Smith alertou sobre a acumulação das pessoas improdutivas sustentadas pelos meios coercitivos do Estado Político. Este tipo de propaganda não era bem-visto pelos tubarões da Monarquia e os piolhos de tubarão da Santíssima Inquisição...

Usava-se muito ff no lugar de ss na época.




PORTANTO condemnam o réo Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da tropa paga da capitania de Minas, a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e n'ella morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada à Villa Rica, aonde em o lugar mais público d'ella será pregada em um poste alto até que o tempo a consuma; o seu corpo será dividido em quatro quartos e pregados em postes pelo caminho de Minas, do sitio da Varginha e de Sebolas, aonde o réo teve as suas infames praticas, e os mais nos sitios de maiores povoações até que o tempo também os consuma. Declaram ao réo infame, e infames seus filhos e netos, tendo-os e seus bens applicam para o fisco e a camara real, e a casa em que vivia em Villa Rica será arrasada e salgada, e que nunca mais no chão se edifique, e que não sendo proprias, serão avaliadas e pagas ao seu dono pelos bens confiscados, e no mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infamia d'este abominável réo.

(SENTENÇA DA ALÇADA, proferida no Rio de Janeiro a 18 de abril de 1792).




THE DEFENDANT Joaquim José da Silva Xavier, also known as Tiradentes, former ensign from the Minas Capitania paid militia, is therefore hereby condemned to be led on a noose by the town crier through the public streets to the gallows, and there to die naturally and forever, and that once dead, his head be severed and taken to Villa Rica, and there nailed to a tall post in the most public place until consumed by time; his body is to be divided into four quarters and nailed to posts along the road to Minas, at the Varginha and Sebolas locales, where the defendant had his infamous practices, the remainder to post at the most populated sites, until also consumed by time.  The defendant is also decreed in infamia juris, along with his sons and grandsons, so that they and their possessions must be applied toward the revenue service and royal chamber; the house in which he lived in Villa Rica shall be demolished and the soil salted, that nevermore shall any building be erected there, and those things not free and clear shall be appraised and their owner paid for such goods as are confiscated, and on the same soil shall be erected a standard, so that the memory of that abominable criminal shall live on in infamy. 

(Sentence of the Authority, handed down in Rio de Janeiro on April 18th 1792) 


Os herdeiros evoluídos do legado de Adam Smith vêm montando Partidos Libertários em todos os países democráticos. No seu primeiro ano de pleito (1972) os libertários americanos conseguiram colocar na decisão do Supremo legalizando o controle de natalidade (1973) que resultou no pleno reconhecimento dos direitos individuais das mulheres nos EUA e até mesmo pelo governo do Canadá. Esse direito foi recentemente reconhecido pela Irlanda também, por maioria de 2/3 revogando uma emenda obscurantista d'antanho.  Liberdade pessoal e econômica são a mesma coisa: ausência da coação, do parasitismo, das ameaças... 

O eleitor ou portador de green card pode, respectivamente, votar ou fazer uma doação em apoio ao Libertarian Party em quase todas as cidades e estados dos EUA. Coloque um exemplo. 

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