sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Democratas podem ganhar no eleitoral

O sistema americano de eleições mais parece um campeonato desportivo pelo fato de o país ser uma confederação de Estados. A população "populacho" é dos estados, e a população do governo federal é composta pelos senadores e deputados federais dos estados políticos da União--como na ONU. Antigamente, antes da invenção do proibicionismo e da ideologia comunista, as assembléias legislativas elegiam os senadores federais. 

Mas no atual jogo das facções o voto populacho deu um resultado e o voto eleitoral vai dar outro daqui a uns dias. No tempo deste servo que vos fala havia um ditador republicano que bombardeava mulheres e crianças, mandava a polícia espancar e prender a juventude pelo proibicionismo defendido pelos lobistas das destiladoras, cervejarias e igrejas. Até na questão de a mulher ter direitos individuais e ser dona de si os fanáticos do misticismo organizado se intrometiam--com a conivência do partido de Richard Nixon

Como no governo de Herbert Hoover (eleito em 1928 e defenestrado em 1932), imperava sob Eisenhower o misticismo armado semelhante ao que se via na Alemanha. Depois da crise da Lei Seca de 1929, que resultou no desemprego e na crise econômica da grande depressão, os republicanos durante 20 anos só viam a Casa Branca em cartões postais. Nixon foi vice quando veio a revanche--no meio da guerra contra os comunistas na coréia. 1952 foi a volta do fanatismo religioso à política dos EUA. 

Quando Nixon finalmente foi eleito presidente, apostou tudo em outra Guerra Santa contra o bolchevismo e lá se foi a economia. Jovens da classe média fugiam do alistamento forçado e explodiam prédios do governo com aviso prévio. A ditadura que resultou decretou controles determinando preços e salários--e nasceu o partido libertário para oferecer uma alternativa ao nazifascismo republicano do Nixon e à tendência de adesão à corrente saqueadora que o partido democrata já começava a manifestar. 

Em 1971 o Nixon descobriu que o partido libertário estava se organizando e tratou de mudar as leis to fisco para subsidiar a propaganda política da cleptocracia entrincheirada. Nas mesmas 24 horas formou-se o partido libertário--para abolir o IRPF, o alistamento forçado, as aventuras militares, tornar os homens donos do nariz e transformar as mulheres em soberanas de si mesmas--e esse golpe de Nixon usando a mídia golpista para manter o status quo. O resultado é que os saqueadores são eleitos a cargos vitalícios. Mas existe saída no colégio eleitoral. 

Tamanha a concorrência entre as duas alas da cleptocracia que qualquer partido com 1% do voto muda as leis e a constituição. Foi assim que a lei seca constitucional passou a vigorar depois de 11 campanhas eleitorais onde a média do partido proibicionista foi de 1,4% do voto. O IR de 1894 foi projeto do partido Popular, que ganhou 9% do voto popular. Imposto de renda não estava no programa de nenhum tentáculo da cleptocracia, logo, esses 9% do voto popular com efeito funcionaram como 51% do voto eleitoral. A lei seca que causou a crise e depressão entrou na Constituição americana em 11 eleições nas quais o partido da Proibição capturou apenas 1,4% do voto popular. O partido libertário ganhava ainda menos quando, em 1972, um eleitor  de Virgínia deu um voto eleitoral à legenda libertária de John Hospers e Toni Nathan (1ª mulher candidata a vice). Um mês depois o Supremo Tribunal garantiu os direitos de aborto das mulheres nos EUA. Os juízes agiram para proteger a mão que afaga contra os concorrentes insurgentes.

Assista a choradeira dos perdedores. Mendigam votos eleitorais dos republicanos quando realmente eles que deviam doar seus inúteis votos eleitorais ao partido libertário.


Se os eleitores colegiados democratas realmente querem direitos individuais para mulheres,  devem dar seus votos para Gary Johnson do Libertarian Party. Só em New Mexico o libertário bloqueou o Trump, dando 5 votos à Hillary que os Democratas agora poderiam devolver esses votos sem perder nada. Devolvendo esses 5 votos eleitorais, os democratas preservariam o que o programa republicano quer apagar: os direitos individuais da mulher se ser dona de si mesma! É hora de os brasilianistas nos EUA se manifestarem nesse sentido. Pressionem os democratas a cederem votos eleitorais para o partido que defende os imigrantes. Muitos estrangeiros são deportados por incorrerem nas leis proibicionistas que inventam "crimes sem vítimas", taxando os jovens de "torpeza moral" para poder deportá-los.  

A mensagem é essa. Os democratas já perderam, mas o partido libertário possui alavancagem para mudar as leis. Mudar as leis é ganhar! Logo, os eleitores colegiados democratas deviam ceder pelo menos um punhado de votos ao Libertarian Party, pois já perderam. É hora de passar a bola para quem sabe transformar poucos votos em enorme mudanças nas leis a favor dos direitos individuais da pessoa humana.
--libertariantranslator.com

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