domingo, 18 de junho de 2017

Porto Rico, Portugal

Porto Rico era o nome americano da ilha quando nasceu este servo que vos fala. Para os gringos vitoriosos, não havia diferença em 1898 entre Espanha e Portugal. Afinal, eram aliados. Acontece que Portugal é hoje um dos países mais libertários do mundo. Lá o uso de ervas e poções está na mesma base de concorrência com a cerveja e o vinho. Quem escolhe, sem ser criminalizado, é o dono do nariz. 

O aborto também foi legalizado em Portugal em 2007. Desde então a taxa desses procedimentos médicos diminuiu bastante. Aliás, em Colorado não aumentou o número de maconheiros. Eles simplesmente não são coagidos a ponta de armas de fogo por meganhas do Estado Político. Veja a diferença que os direitos individuais fazem.

Fonte: Jornalnexo
Puerto Rico (agora que acertaram o nome nas províncias) passou por uma crise em 2011 quando agentes do obscurantismo coercitivo proibiram o exercício dos direitos individuais por mulheres grávidas. Tamanho o susto com essa ameaça da Santíssima Inquisição de voltar às proibições da era pré-libertária, que os ilhéus finalmente acabaram votando esses dias pela adesão como Estado da União alfandegária dos Assustados Unidos e a plena proteção da 14ª Emenda. A bandeira de 51 estrelas que propuseram para substituir a velha realmente é uma obra de arte.


Tão bonita ficou que dificilmente os conservadores iriam aceitar tamanha mudança. E tão popular era o comunismo nessa ilha hermana de Cuba que comandos boricuas mataram policiais em tentativa de assassinar o presidente Truman. Na mesma época, um ano antes da publicação de Lolita de Nabokov, a guerrilheira Lolita Lebrun e dois jagunços encheram de tiros o Congresso nacional sem sequer zerar um só deputado federal. Sobraria preocupação para os republicanos, um dos quais foi autor da lei de navegação de cabotagem (e das penalidades da leis seca) que até hoje incomodam o Caribe.

A solução, pois, é voltar aos braços ibéricos--só que de Portugal e não da Espanha. Ganha-se a independência em dose que libera a navegação, afasta-se o perigo da coação do mulherio pelos papistas pederastas, e aproveita-se a popularidade do sistema bancário de Portugal. Os bancos portugueses foram os únicos capazes de aumentar os juros, tamanha a segurança que oferecem aos depositadores que já não temem os confiscos proibicionistas que provocaram a crise financeira de 2007 et sequitur nos EUA.

Se esta análise de economia política agradou, procure aqui o seu tradutor puertorriqueño de inglês, português e espanhol.


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